A queda das temperaturas já mudou a nossa forma de vestir e comer. Também disparou um sinal muito visível para a maioria, mudanças drásticas em nossa pele, o que sinaliza a necessidade de cuidados extras, na verdade da revisão de hábitos simples que podem fazer toda a diferença.
“Durante o inverno, a umidade do ar fica menor e as temperaturas mais baixas levam à diminuição na transpiração corporal. Esses fatores fazem com que a pele fique mais seca”, explica a médica dermatologista Ceres Regina Domingues Franco.
Ela destaca alguns hábitos comuns nessa época que vão ter reflexo importante nesse ressecamento natural, como os banhos mais quentes, que provocam uma remoção da oleosidade natural de forma mais intensa, diminuindo o manto lipídico que retém a umidade da pele.
“A pele do rosto e do corpo está sujeita ao ressecamento no inverno. O clima frio e seco pode deixá-la com aspecto esbranquiçado, o que indica a desnaturação das proteínas. Para evitar tais sintomas, é importante fazer hidratações profundas e, além disso, praticar uma alimentação saudável, rica em vitaminas e antioxidantes pode trazer benefícios em longo prazo”, diz a especialista.
Ceres lembra de outros inconvenientes trazidos pelo frio quando  o assunto é pele: as doenças dermatológicas, que se agravam por causa do ressecamento da pele.
A dermatite seborreica ocorre, principalmente, na região da cabeça, face e parte central do tórax. É uma descamação da pele causada pelo ressecamento. A dermatite atópica costuma atingir quem tem asma ou rinite alérgica. O principal sintoma é a coceira, que pode começar antes mesmo das lesões cutâneas se manifestarem e podem atingir a face, tronco e membros.
A psoríase atinge igualmente homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos. Fenômenos emocionais são frequentemente relacionados com o seu surgimento, provavelmente atuando como fatores desencadeantes de uma predisposição genética para a doença.
A AIctiose vulgar aparece após o nascimento, geralmente no primeiro ano de vida. Pode apresentar apenas ressecamento da pele e descamação fina ou intensa de aspecto geométrico. As áreas mais afetadas são os membros, podendo atingir também face e couro cabeludo. A doença tende a regredir ou diminuir os sintomas com o passar dos anos.
“O seu médico dermatologista vai poder diagnosticar esses problemas e orientar os tratamentos”, diz.