54% dos domicílios brasileiros consomem água mineral natural
Além de atender a um contingente que busca qualidade de vida e proteção à saúde, a água mineral tem salvo populações desassistidas pelo saneamento básico, situação que causa um volume de doenças de veiculação hídrica (transmitidas pela água), responsável por 60% dos gastos com internação hospitalar no Brasil todos os anos.
No mês marcado pelo Dia Mundial da Água (22 de março), os dados apresentados pela Abinam (Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais), sobre o consumo de água mineral natural, ganham dimensão real com a realidade apurada pela entidade, que reúne produtores de todo o país: 54% dos domicílios brasileiros (de total de 69 milhões de domicílios em 2016) consomem água mineral. E o maior consumo em galões com 20 litros está justamente em favelas e regiões que não têm acesso ao saneamento básico
As informações da Abinam trazem na esteira o desempenho expressivo de um mercado, que tem crescido 10% ao ano no Brasil desde 2014, atingindo quase 9 bilhões de litros e R$ 12 bilhões em vendas em 2018, cenário deflagrado por diversos motivos, como o apelo de ser um produto 100% natural.
A água mineral é obtida diretamente de fontes naturais sem alteração de sua qualidade, características naturais e de pureza. Nenhum elemento é adicionado ou retirado. Todas as etapas de produção, da captação ao consumidor final, obedecem a rigorosos padrões nacionais e internacionais de higiene. E as regras da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e ANM (Agência Nacional de Mineração), no que diz respeito à preservação e áreas, sendo por isso considerada um produto “amigo do meio ambiente”.
O presidente da Abinam, o geólogo Carlos Alberto Lancia, lembra que a água mineral também é considerada um alimento funcional, pela ampla gama de características e composições químicas, origem da fonte, temperatura e gases presentes, o que dá a cada tipo propriedades específicas, que podem ser consultadas no rótulo das embalagens.
Os sais minerais presentes podem oferecer efetiva contribuição à nutrição e à saúde do organismo. As fluoretadas, por exemplo, são indicadas para a saúde dos dentes e ossos. O seu consumo é recomendado pela Organização Mundial da Saúde para prevenir doenças da boca. As brometadas são sedativas e tranquilizantes, ajudam a combater a insônia e o nervosismo. A sulfatada atua como anti-inflamatório e antitóxico.
“Existem outros benefícios que devem ser considerados e que fazem da água mineral um produto imprescindível. Quando ocorrem as grandes catástrofes ambientais __ grandes secas ou acidentes como o de Mariana ou Brumadinho__, o produto que, de imediato, salva a população é a água mineral”, ressalta o presidente da entidade.
NOVO CONSUMIDOR – Lancia lembra que o agravamento da crise hídrica no país, em 2015, favoreceu esse mercado, criou um novo consumidor que não utilizava o produto. Depois que a crise foi contornada, o que a Abinam constatou foi que, de cada dez desses consumidores novos, sete permaneceram cativos.
A entidade também vem identificando, por meio de consultas e redes sociais, a busca por informações a respeito dos diversos tipos de água mineral e suas características e indicações.
Outro reforço importante para esse mercado está relacionado a um costume cada vez mais comum entre as pessoas das mais variadas regiões do Brasil, que fizeram da garrafinha de água uma companhia de todas as horas, no trabalho, no trânsito, na atividade física. Esse hábito fez com que a embalagem de 500 ml se destacasse, colocando-a no topo das vendas.
Segundo a Abinam, o Brasil é hoje o 8º maior produtor mundial de água mineral envasada, com 7% de participação no mercado global.
Consome mais água engarrafada que países como Itália, Alemanha, França e Espanha. E fica atrás dos Estados Unidos, México (que crescem, em média, 8,5% ao ano) e da China, cuja demanda aumenta 17,5% a cada ano.
Segundo o presidente da Abinam, o consumo mundial de água mineral ultrapassou a venda de refrigerantes, reflexo da vida saudável que as pessoas estão buscando. (25/03/19)
Jornalistas responsáveis: Flávia Paschoal/Marisa Massiarelli Setto – Toda Mídia Comunicação
Escrito por
Toda Mídia Comunicação
A Toda Mídia Comunicação e Eventos foi criada em 2010 pelas jornalistas Flávia Paschoal e Marisa Massiarelli Setto. As profissionais trazem para o mercado de assessoria de comunicação a experiência acumulada durante anos em redação de jornais diários.